terça-feira, 16 de julho de 2013

Rubra Negra

Por Pablo Tamborini

Na seara da história onde pousamos
Entre vidas e amores carcomidos
Pelo espírito do tempo sondamos
Muito antes de ter Hegel conhecido

Da razão da história então intuída
Brotavam intensas contradições
Que pouco a pouco resignificavam a vida

E o velho horizonte
De uma igualdade formal
Hoje nos parece uma tal banalidade
Que agora, na luta contra o capital
É preciso desmistificar a liberdade

Acorda e corta a corda do fetiche que te enforca!

Desmistifica o espírito que teus deuses velam
Tão sedentos de sacrifícios
Quanto a sanguinária potência civilizatória do capital,
O espírito absoluto que ao humano devora

Badernizar a liberdade
(Aquela liberdade do capital)
Vandalizar a igualdade
(Burguesa e meramente formal)
Para que possamos
Radicalizar a concreta fraternidade, afinal

Sem comentários:

Enviar um comentário