domingo, 8 de junho de 2014

Confissões à distância

De longe vejo olhares
Que encontram outros olhares
Meus e seus,
Olhares de um vasto mundo.

A distância permite vontades
Elas se misturam e se somam à saudade
Gritando cantorias, poemas e palavras.

Elas se alegram
Em apertados abraços
E em beijos eternos.

Se misturam
Em nuvens de sonhos
Tão reais
Que dão medo de dormir e sonhar
Medo de não conseguir acordar
Pra viver os nossos sonhos.

Geografia de um mundo distante
Quereres de um momento presente
Sob a luz de uma estrela cadente
Que nos permite desejar.


sábado, 24 de maio de 2014

O PULSO EM ALERTA



Um alerta
Pra viver,
Pra correr
E mudar o mundo.

Eu
Você
Mudar o mundo
O mundo mudará
Eu
Você
E todo mundo.

Passamos de egoístas
Para pensantes
Agentes
Humanos potentes
Na luta de um mundo real
Por um mundo humano.

Talvez esses letreiros
Te proporcione algum impulso
Para pulsar a veia que guardamos
Para mudar o mundo
Que mudará
Eu
Você
E todo mundo.

segunda-feira, 31 de março de 2014

NOITES DE PESADELO

À todos aqueles que lutaram 
contra ditadura militar no Brasil



Há 50 era hora de dormir
Sonhamos com liberdade
Acordamos na prisão
Vivemos na censura.

21 anos de tortura.
Estamos livres?
Ou será que estamos esquecidos?

Que a memória de nosso povo seja a fotografia de capa
Que o sangue derramado sirva de tinta para as letras 
E que a tristeza e o rancor, nos motive contra o Estado 
Que os sonhos de liberdade, 
Apareçam em nossos dias de batalha
E em nossas noites de "descanso"

Sejamos fortes
Contra a corrente que nos arrasta para a destruição humana.
Sejamos unidos
Contra uma sociedade desigual
Sejamos livres
Para lembrar e não querer mais um mundo desumano.




(31/03/2014 - data de 50 anos do Golpe Militar no Brasil)

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Aos que lutam, aos que resistem

"Hasta la victoria", camaradas!
Tantas fileiras e barreiras nos esperam.
Somos um mundo de explorados e oprimidos
Poder aos trabalhadores e trabalhadoras!
Já!
Queremos nos emancipar
De um Estado que nos oprime
De uma força bruta que nos mata
Dias e noites,
Nas ruas,
Nas praças,
Nas favelas,
Em nossa luta.
Somos mortos
Estamos vivos
Somos os imortais de uma sociedade falida 

domingo, 16 de fevereiro de 2014

A burguesia fede e a classe merda sofre

Classe MERDA sofre. 
Analises equivocadas 
Frases vomitadas
Erros irreparáveis na história do povo.

Ó povo sofrido
Trabalha dia a dia
Sol, chuva, frio
Pecado, fome, miséria
Filhos, dívidas, rua, lama.

E a classe MERDA ainda sofre
Porque não sabe pra onde vai
Se luta contra a destruição dessas tantas divisões
De homens
De mulheres
De crianças
De tantas diferenças
Ou se continua a ser a MERDA que já é.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Há braços para toda vida

Amores
(Des) Amores.
Quem disse que parar amar
É necessário desamar?
Opostos e dispostos
Há vida
Há sorrisos
Há romance.
Podemos deitar
Nos enroscar 
E até dormir.

Pela manhã, cedo:

-Bom dia!
-Bom dia!
-Vamos tomar um café.
-Sim, claro.

Tomamos o café,
Comemos a comida
Nos olhamos 
Como se fossemos comermos-nos um ao outro.

Viver e partilhar
Dos mais diversos desejos e pensamentos
Que teoricamente poderiam ser mundos distantes
Mas que na prática os olhos e as bocas se aproximam
Todo momento
Se chamam
Não sossegam
Se desejam
Até o abraço apertado.

-Vamos dormir?
-Sim, vamos.
-Boa noite!
-Boa noite!
-Me abrace.

O dia vai raiar
E nossos apertados e carinhosos abraços
Nunca terão fim.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Do lado de cá

Nós já não aguentamos
Uma sombra que nos enche
Umas armas que nos assombram
Alguns amigos do lado de lá
Deixando de ser povo
Virando máquinas.

Outros amigos do lado de cá, dormem nas ruas
Vivem nas favelas
Roubam pra viver
Vivem pra roubar.

Umas companheiras aqui do lado
Sonham em sua liberdade
Mas estão presas à pisos e roupas sujas.

Dia e noite
Noite e dia
Negros pobres
Morrem e esquecem
Pobres e negros
Matam como em maio paulista.

Nossa juventude se desfaz
Nossos velhos já não aguentam mais
Nossos professores são agredidos por quererem ensinar
Operários "passam mal" por quererem trabalhar
Agricultores enfrentam a seca para sobreviverem
Mães enfrentam as ruas para comprar o leite
Pais assaltam bancos para enfrentar a casa da miséria
E um Estado que ele ainda permanece.

Que a exploração milenar nos sirva de lição,
E sejamos fortes o bastante
Fortes para fazer
Com nossa força e a nossa voz
A luta por vidas de amores.